O Artesanato e o impacto na vida das artesãs - Márcia Veiga
Com imenso prazer, damos continuidade ao tema "O Artesanato e o Impacto na Vida das Artesãs" e convidamos você a conhecer as talentosas mulheres que fazem parte da nossa comunidade. Cada uma delas possui uma história única e uma paixão contagiante pelo artesanato, que se traduz em peças lindas e autênticas.
Márcia Veiga, 61 anos
Professora de artesanato e orientadora de artesãs.
São Paulo - Capital.
Como você entrou no mercado de Artesanato?
Eu comecei a fazer algumas aulas como hobby em 2003. Logo as pessoas se interessaram por adquirir minhas peças. Então, comecei a vender. Fiz isso por 10 anos em paralelo com minha carreira na Educação. Quando estava para me aposentar, montei uma loja de artesanato, o Solar das Caixas, que durou 6 anos onde eu dava aulas também. Em 2019, vendi a loja e passei a me dedicar às aulas online tanto de técnicas quanto de administração de ateliê. Este ano completo 21 anos no mercado de Artesanato.
Dificuldades para estar dentro do mercado de Artesanato?
Eu acredito que os obstáculos aparecem para que possamos nos aprimorar e buscar novos caminhos e iniciativas. Em todas as profissões temos dificuldades, mas o nosso foco tem que ser superar essas dificuldades nos tornando profissionais mais capacitados. Minha frase inspiradora é “Obstáculo é trecho, não destino.”.
Qual é seu objetivo ou meta com o Artesanato?
Tenho como meta continuar ensinando artesanato através de aulas online, com foco nas técnicas de artesanato e administração de ateliê: precificação, divulgação e ações de vendas para artesãs.
Como você encara o desafio num mundo tão digital de trabalhar de forma manual?
Esse desafio é real e para enfrentá-lo continuo sempre me capacitando através de cursos na área de marketing digital, administração de negócios, uso de ferramentas da tecnologia.
Trazer o mundo manual para o digital é um trabalho de posicionamento, dedicação e constância porque nada acontece da noite para o dia.
Como você se inspira para realizar as peças do seu trabalho?
Minhas inspirações vêm de diferentes fontes: a natureza com suas cores, formatos e texturas; os trabalhos de outras artesãs; dos próprios materiais de artesanato disponíveis no mercado; e até de outros nichos de mercado.
Que dicas você daria para quem quer entrar no mercado de artesanato?
O meu principal conselho é começar pelo básico bem feito. Inspirar-se para evoluir, mas ter criações próprias, sem cópias. Conhecer a si mesma sobre seus gostos, seus pontos fortes, pontos a serem melhorados, etc. Investir em capacitação, bons fornecedores, boas parcerias, estar em grupos e comunidades que buscam objetivos semelhantes aos seus. É como eu digo para as alunas: “não é sobre fazer menos coisas, é sobre fazer as coisas certas.”. E a base de tudo, cuidar de si mesma antes de tudo, para viver plenamente suas conquistas.
Como você concilia sua vida pessoal com a vida de artesã?
Com organização de horários, um bom planejamento e ajustes quando necessário. Ter tudo anotado é primordial para saber qual é a prioridade, o que podemos deixar para mais tarde e o que podemos eliminar da agenda e ainda, lidar bem com pequenos imprevistos. A criação de uma rotina, leva à disciplina.